06 Jun
06Jun

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi criado durante a Conferência de Estocolmo – em 1972 e se tornou uma data muito significativa para sensibilizar as pessoas da importância de um meio ambiente saudável e protegido.

Mas isso vai muito além da proteção, é uma data que aponta ações que promovem essa proteção, como a utilização racional dos recursos hídricos, o uso adequado do solo, a manutenção dos povos em seu território, as praticas agroecológicas e o fortalecimento dos agricultores locais.

Visando construir cadeias de pensamento, o Instituto Gaia juntamente com outras organizações – MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), JRBPAN (Jovens da Reserva da Biosfera do Pantanal), CDH DMB (Centro de Direitos Humanos Dom Máximo Biennês), Laboratório Educare/UNEMAT – Educação e Restauração Ambiental, Centro de Referencia em Direitos Humanos Prof.Lúcia Gonçalves, realizou um Ato de Educação, Direitos Humanos e Meio Ambiente, para dialogar pautas de muito interesse para a valorização e proteção do meio ambiente.

Este encontro aconteceu na COOPERSSOL – Cooperativa de Consumo Solidário e Sustentável, localizada em Cáceres.  Conhecida por promover a oferta de produtos saudáveis e artigos de decoração  produzidos por comunidades tradicionais como quilombolas, indígenas, agricultores e artesãos.  Participaram do diálogo o Prof. Dr. João Ivo Puhl – presidente da COOPERSSOL e demais atuantes na cooperativa.

Durante o ato os presentes relataram um pouco da importância da questão dos direitos humanos, da comunidade acadêmica, dos jovens como um todo  e da participação da comunidade em atos de resistência e luta.

“Estamos passando o cajado para os jovens” disse a Prof. Dr Solange Ikeda – Profa. adjunta da UNEMAT e uma das coordenadoras das atividades do Instituto Gaia, que relatou a importância da valorização dos agricultores e do trabalho coletivo.

Pautas como a implantação de portos e hidrovias foram discutidos, Uirandi Faria Artioli – acadêmico de Ciências Biológicas e membro do Instituto Gaia comentou sobre o assunto “é sabido que o Pantanal não tem estrutura para suportar esse tipo de empreendimento e que isso prejudicaria muito a todos nós, então é preciso discutir esses temas, sempre aprendendo com nossos mestres”. Sua fala reforçou uma das  pautas do programa Humedales sin Fronteras que trata da importância dos rios livres para o Pantanal.

O Projeto de Extensão “Ações para Recuperação das Nascentes e Córregos, Município Cáceres” promovido pelo Lab. Educare/UNEMAT esteve presente e foi representado pela sua coordenadora Profa. Alessandra Morini e os bolsistas que fazem parte desse projeto.

“Nós trabalhamos com foco na educação ambiental, levando às escolas a importância de se preservar e de restaurar. Na semana fizemos oficinas para sensibilização e atividades de plantio de mudas nativas com os alunos dos 5° e 7° anos das escolas Duque de Caxias,  Santos Dumont, Rodrigues Fontes, Demétrio, Ana Maria e Isabel Campos” comentou a coordenadora do Projeto.

Todas essas falas reforçam a importância do fortalecimento da defesa do Pantanal – um dos principais objetivos do Programa Humedales sin Fronteras, parceiro do Instituto Gaia.

Ao final das falas houve um sarau cultural, com música de cantores locais e distribuição de caldo, feito com alimentos da cooperativa. Todos saíram de lá sabendo que não se trata de um trabalho com ações individuais, mas sim ações coletivas.

Comentários
* O e-mail não será publicado no site.